segunda-feira, 4 de abril de 2011

Acessibilidade


Aos poucos, lentamente, os portadores de deficiência e os idosos ampliam suas conquistas por mais respeito. Vivemos numa sociedade onde as relações entre deficiência, gênero, raça e pobreza necessitam de um foco maior de atenção do poder público, os idosos e os portadores de deficiência têm multiplicadas as suas condições de exclusão.
O Programa de Acessibilidade, em desenvolvimento, leva em conta todo o sistema de transportes, desde o embarque até o desembarque de passageiros, garantindo um dos direitos primordiais do cidadão - estabelecido na Constituição Federal - que é o direito de ir e vir, com segurança e autonomia, a partir do qual tantos outros direitos são decorrentes. Em última instância, o desenvolvimento deste projeto significa melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano do país.As cidades e os estados ainda não estão totalmente preparados para receber os portadores de deficiência. “Nós estamos em um processo de eliminação de barreiras, mas não estamos preparados integralmente para que a pessoa com deficiência tenha o seu direito de ir e vir respeitado. Ela paga impostos e consome como qualquer outro cidadão” assinalou Niusarete Margarida de Lima, da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), durante a abertura, nessa quarta-feira (27), da Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro.
São poucas ações e muita ausência do poder público.
No campo da política a história é outra. Os políticos estão pecando em suas campanhas ao não vislumbrar o potencial eleitoral dos portadores de deficiência. “Se você considerar que cada um tem uma família com mais três pessoas, isso representa um grande contingente de eleitores no país. Ainda falta consciência de que existem brasileiros portadores de algum tipo de deficiência que são produtivos, consumidores, eleitores e que participam da sociedade”, afirmou Niusarete na abertura da Conferência do Rio.
A conquista da acessibilidade beneficia não somente os portadores  de deficiência, mas também a população. É uma conquista de toda a sociedade. Até porque, não são só os idosos e os deficientes que serão auxiliados com reformas nas ruas, mas também as mães com carrinhos de bebês e o povo em geral, pois qualquer um pode cair a qualquer momento na rua devido um buraco ou algo do tipo.
Não é o sujeito que deve se adaptar à sociedade e sim a sociedade que precisa adaptar-se às necessidades específicas dos indivíduos.
          
                            

Renata Alvarenga

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